A realização de exames laboratoriais ajuda a garantir a segurança e eficácia dos tratamentos estéticos. Esses exames devem ser solicitados antes, durante e após o tratamento, para que possam avaliar a saúde do paciente, monitorar possíveis alterações que possam afetar a realização dos procedimentos e, durante o acompanhamento quando não vemos resposta aos tratamentos, é através dos exames laboratoriais que iremos entender os motivos.
Dentre os exames mais comuns estão o hemograma, perfil lipídico, glicemia, função renal e hepática, além de alguns exames hormonais, como o da tireoide. Esses exames são importantes para avaliar possíveis doenças e alterações que podem afetar a resposta do corpo ao tratamento.
Existem diversas alterações fisiológicas que podem ser observadas nos exames laboratoriais e que podem culminar em disfunções estéticas. Essas alterações incluem desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais e disfunções metabólicas.
Por exemplo, um desequilíbrio hormonal pode levar a alterações na pele, como acne, rugas e manchas. Uma deficiência nutricional de vitaminas e minerais essenciais pode levar a unhas frágeis, cabelos sem brilho e uma pele sem elasticidade. Já uma disfunção metabólica pode levar ao acúmulo de gordura localizada, celulite e flacidez muscular.
Além disso, algumas disfunções estéticas podem ser um sinal de alerta para problemas de saúde subjacentes. Por exemplo, uma pele seca e escamosa pode indicar hipotireoidismo, enquanto a queda excessiva de cabelo pode ser um sintoma de anemia ou disfunções da tireoide.
Solicitar exames laboratoriais antes, durante e após os tratamentos estéticos é importante para avaliar as condições de saúde do paciente e garantir a eficácia e segurança do tratamento. Com a detecção precoce de alterações fisiológicas, é possível entender a sua correlação com as disfunções estéticas observadas no paciente. Os exames laboratoriais também ajudam a elaborar protocolos de tratamentos que levam em conta as alterações fisiológicas e trabalhar em um cenário mais realista. Isso é de grande importância, pois iniciar um tratamento com um paciente inflamado, com desequilíbrio hormonal ou qualquer outra alteração fisiológica é muito arriscado. Por mais que você possa oferecer os melhores tratamentos, o paciente pagar caro por eles, pode não ter resultado algum e você nem saberia o motivo para dar esclarecimentos ao paciente.
Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde estética estejam atentos às correlações entre as alterações em exames laboratoriais e as disfunções estéticas, de forma a oferecer um tratamento personalizado e eficaz para cada paciente.
Imagine o seguinte cenário: duas mulheres maduras com queixa de flacidez de pele facial procuram dois profissionais da saúde estética e ambos indicam tratamento com bioestimulador de colágeno, porém, as semelhanças param por aí…
No primeiro caso, o profissional, antes de iniciar o tratamento, solicitou exames laboratoriais que mostraram alterações hormonais. O profissional alertou que essas alterações poderiam comprometer os resultados e orientou a procurar tratamento médico e só depois iniciar o tratamento estético.
Por outro lado, no segundo caso, a paciente iniciou o tratamento com bioestimulador de colágeno sem fazer nenhum exame prévio. Após três sessões, o resultado foi pouco significativo e ela ficou insatisfeita. O profissional não pôde explicar a falta de resultados, pois sabia que usou a técnica correta e bons produtos. O que ele não sabia é que a paciente tinha um forte desequilíbrio hormonal e isso a impedia de responder adequadamente ao tratamento. Esses dois cenários destacam a importância de fazer exames laboratoriais antes, durante e após qualquer tratamento estético.